quinta-feira, 5 de julho de 2012

OAB/RJ vai analisar Código Penal sob enfoque racial


05-07-2012

Fonte: redação da Tribuna do Advogado

Marcelo Dias, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RJ  |  Foto: Francisco TeixeiraCom a participação da OAB/RJ, por meio do presidente e do secretário-geral de sua Comissão de Igualdade Racial, respectivamente Marcelo Dias e Rogério Gomes, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) criou, no dia 26 de junho, um grupo de trabalho para debater com advogados negros atuantes em casos de discriminação racial a nova redação do Código Penal e propor alterações à comissão jurídica do Senado que discute as reformas do texto.
 
Os advogados apontaram a necessidade, por exemplo, da inclusão da discriminação e preconceito raciais e da intolerância religiosa como circunstâncias agravantes genéricas – que podem fazer aumentar a pena em qualquer crime (um homicídio, por exemplo) no qual aquela seja a motivação. O encontro foi mediado pelo ouvidor nacional da Seppir, Carlos Alberto Souza e Silva Jr.
 
____________________
"O racismo se constitui através da criminalização da negritude"
Luiza Bairros
"Este grupo tem como objetivo produzir não apenas uma avaliação, mas também propostas de mudança do Código Penal Brasileiro. Não é preciso dizer da importância que a questão sempre teve para a população negra no Brasil. Em muitos sentidos, o racismo se constitui através da criminalização da negritude. O fato de ser negro e as manifestações todas que se referem à presença negra no Brasil sempre foram criminalizados", afirmou a ministra Luiza Bairros, na abertura do encontro.
 
Também participaram da reunião  os advogados Jorge Terra, da Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul;  Eduardo Pereira da Silva, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SP;  Marco Antônio Zito Alvarenga, do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo; Ezequiel Santos e Antônio Mario, da Seppir/DF; Daniel Teixeira e Kayodê Silva, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades; Sergio São Bernardo, do Instituto Pedra de Raio/BA; Elizeu Lopes e André Moreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário